Como é o pré-natal de uma gravidez por FIV?

  • 07/06
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A fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida utilizada para ajudar pessoas com dificuldades de concepção a terem um filho. É um procedimento complexo que envolve a fertilização de óvulos fora do corpo da mulher, em laboratório, e a transferência dos embriões resultantes para o útero receptor, com o objetivo de gerar uma gravidez.


Hoje em dia, a FIV é considerada a principal técnica de reprodução assistida disponível, pois tem sido uma opção bem-sucedida para muitas famílias em todo o mundo, permitindo-lhes realizar o sonho de ter um filho. 


O pré-natal é uma parte fundamental do processo de FIV, garantindo um acompanhamento adequado da gravidez e cuidados especializados para a mãe e o bebê em desenvolvimento. Contudo, ainda existem muitas dúvidas sobre esse assunto, assim como certo receio.


Sendo assim, neste texto, nós iremos explicar alguns dos pontos mais relevantes sobre o pré-natal de uma gravidez por FIV, como as suas diferenças, recomendações, exames e mais. Então, fique até o final para eliminar suas dúvidas!


Por que o pré-natal da gravidez por FIV é diferente?


O pré-natal da gravidez por FIV é considerado de alto risco. Isso não significa que todas as gestações resultantes da técnica serão problemáticas ou apresentarão prejuízos reais à mãe e ao bebê. 


Mesmo assim, é preciso classificar o pré-natal como de alto risco, pois a FIV, na maioria dos casos, é recomendada para pacientes que possuem características que dificultam a gravidez natural e portanto, podem trazer riscos à gestação pós-FIV. Além disso, algumas especificidades do procedimento em si influenciam nas possíveis complicações gestacionais. 


Veja abaixo quais são essas características e especificidades:


-Idade avançada da gestante 


Mulheres que optam pela FIV podem ser mais velhas, já que a idade avançada pode impactar na fertilidade. A idade materna avançada está associada a um risco aumentado de complicações gestacionais, como diabetes gestacional, hipertensão arterial e anomalias cromossômicas no feto. 


Portanto, durante o pré-natal, é importante monitorar de perto a saúde da gestante e do feto, e realizar exames e testes adicionais para detectar e gerenciar qualquer complicação que possa surgir.


-Maior probabilidade de gestação múltipla


A gravidez por FIV tem uma chance aumentada de resultar em gestações múltiplas, como gravidez de gêmeos, trigêmeos ou mais, devido à prática comum de transferir múltiplos embriões para aumentar as chances de sucesso do procedimento. 


Gestações múltiplas estão associadas a riscos aumentados, como parto prematuro, baixo peso ao nascer e outras complicações gestacionais. 


Assim, o pré-natal de uma gravidez por FIV com gestação múltipla pode exigir um acompanhamento mais intensivo, incluindo exames de ultrassom frequentes, monitoramento cuidadoso do crescimento e desenvolvimento dos fetos e planejamento para o parto e cuidados neonatais adequados.


-Problemas na placentação


A FIV pode estar associada a uma maior incidência de problemas na placentação, como placenta prévia (quando a placenta se posiciona na parte inferior do útero, cobrindo o colo do útero), descolamento prematuro de placenta (quando a placenta se descola do útero antes do parto) e placenta de inserção baixa (quando a placenta se implanta muito próxima ou sobre o colo do útero). 


Essas condições podem representar riscos para a mãe e o feto, e podem exigir um acompanhamento mais cuidadoso durante o pré-natal, incluindo exames de ultrassom para avaliar a posição e o funcionamento da placenta.


-Maior chance de hipertensão e outras complicações gestacionais


Mulheres que conceberam por FIV podem ter um risco elevado de desenvolver hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e outras complicações gestacionais. 


Portanto, o pré-natal pode envolver monitoramento mais rigoroso da pressão arterial, testes de glicemia para detectar diabetes gestacional e outras avaliações para identificar e gerenciar essas complicações precocemente.


Como é feito o pré-natal de uma gravidez por FIV?


Antes de tudo, é preciso mencionar que existe um manual técnico do Ministério da Saúde sobre o atendimento às gestantes de alto risco. Eles estabelecem exames e procedimentos específicos para cada tipo de risco.


No geral, o pré-natal de alto risco para gravidez por FIV é realizado de forma mais intensiva e detalhada, com exames adicionais e cuidados especiais. Veja a seguir os principais itens característicos neste tipo de pré-natal (além dos procedimentos típicos):


1- Suporte emocional


O processo de FIV pode ser emocionalmente desafiador para as mulheres, e o pré-natal de alto risco pode envolver também suporte emocional adicional, como aconselhamento psicológico e suporte para lidar com a ansiedade, estresse e outras preocupações emocionais associadas à gravidez por FIV.


2 -  Aconselhamento genético


O aconselhamento genético pode ser importante em gestações por FIV, especialmente em casos de idade materna avançada, histórico de problemas genéticos ou outras condições que possam aumentar o risco de anomalias genéticas no feto. 


Esse tipo de cuidado pode ajudar a identificar riscos específicos e fornecer informações para tomada de decisões durante a gestação.


3 - Início precoce do pré-natal


O pré -natal deve-se iniciar precocemente, no primeiro trimestre e a frequência das consultas deve seguir o padrão rotineiro. O ultrassom transvaginal inicial é extremamente importante após uma FIV, para avaliar a localização do saco gestacional, pois há aumento na incidência de gestações fora do útero em pacientes submetidas a FIV. Avaliar  o número de embriões, pois frequentemente transfere-se mais de um embrião ao fim do tratamento e também a viabilidade da gestação.


4- Ultrassom obstétrico com doppler


A ultrassonografia obstétrica é um exame de imagem que pode ser realizado regularmente para avaliar o crescimento e desenvolvimento fetal, a localização da placenta, a quantidade de líquido amniótico, a presença de anomalias fetais e outras complicações gestacionais. 


O uso do Doppler permite avaliar o fluxo sanguíneo nas artérias uterinas, artérias umbilicais e outras, auxiliando na detecção de possíveis alterações de fluxo que possam indicar problemas placentários.


5- Ecocardiografia fetal


A ecocardiografia fetal é um exame que utiliza o ultrassom para avaliar o coração do feto durante a gestação. É indicada em casos de suspeita ou risco aumentado de malformações cardíacas, história familiar de problemas cardíacos, presença de doenças maternas que possam afetar o desenvolvimento do coração fetal, entre outros.


6- Perfil biofísico fetal


O perfil biofísico fetal é um exame que avalia diversos parâmetros do bem-estar fetal, como movimentos fetais, tônus muscular, líquido amniótico, frequência cardíaca fetal e reatividade fetal em resposta a estímulos.


 É um exame não invasivo e muito indicado para avaliar a saúde do feto e detectar possíveis complicações.


6- Planejamento para o parto e cuidados neonatais


Mulheres grávidas por FIV podem ter um maior risco de parto prematuro e complicações relacionadas ao parto, devido à possibilidade de gestações múltiplas, problemas de placenta e outros fatores de risco. 


Portanto, um pré-natal de alto risco para gravidez por FIV pode envolver um planejamento cuidadoso para o parto, incluindo a escolha do tipo de parto (vaginal ou cesárea) mais apropriado para a situação, e cuidados neonatais adequados para os recém-nascidos prematuros, caso necessário.





É importante lembrar que para realizar um pré-natal de gravidez por FIV que seja completo, integral e eficiente, é preciso de uma clínica de Reprodução Assistida com equipe multidisciplinar e muita experiência na área.


Felizmente, você pode contar com o Instituto Verhum, que além de já ter gerado mais de 1000 vidas ao longo dos anos, é referência nacional em qualidade.


Para seu pré-natal, o Instituto Verhum dispõe de profissionais capacitados para oferecer acompanhamento de excelência. Primamos sempre por cuidados técnicos com embasamento científico, bem como assistência humanizada, objetivando alcançar o melhor desfecho materno e fetal.

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