No vasto espectro da saúde reprodutiva, as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) emergem como um desafio significativo (e muitas vezes oculto) na vida de tentantes, afetando milhões de pessoas em todo o mundo.
Essas infecções, causadas por vírus, bactérias ou parasitas, são transmitidas principalmente através do contato sexual desprotegido e podem também ser passadas de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
Antes eram mais conhecidas como DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis), mas a terminologia foi substituída por ISTs para alertar o fato de que as infecções podem ser transmitidas mesmo sem apresentarem sintomas ou até desenvolverem as doenças relacionadas a elas.
No texto de hoje, nós iremos explicar melhor a relação entre IST vs infertilidade, apontando quais delas afetam mais a saúde reprodutiva, assim como quais os tratamentos possíveis para elas. Então, venha conosco até o final para ficar mais informado sobre o assunto!
Quais são as ISTs que mais causam infertilidade?
Abaixo, enumeramos algumas ISTs associadas à infertilidade. É crucial ressaltar que essas não são as únicas infecções que podem prejudicar a fertilidade feminina e masculina, mas estão entre aquelas que registram um número significativo de casos. Veja:
1- Clamídia
A clamídia, uma das ISTs mais prevalentes no Brasil e em todo o mundo, é causada por uma bactéria e frequentemente passa despercebida devido à sua natureza assintomática. No entanto, quando não tratada, pode acarretar complicações sérias, incluindo infertilidade.
Tanto homens quanto mulheres podem ser afetados, com inflamações que podem comprometer órgãos do sistema reprodutor, como a pélvis, o útero, as tubas uterinas e o endométrio nas mulheres, e o epidídimo, os testículos e a próstata nos homens.
2- Gonorreia
Outra infecção comum é a gonorreia, transmitida através de relações sexuais sem proteção. Assim como a clamídia, muitas vezes não apresenta sintomas claros, especialmente nas mulheres.
No entanto, nos homens, pode causar sintomas como a liberação de pus pela uretra e ardor ao urinar. Se não tratada, pode levar à inflamação nos testículos e próstata nos homens, e à doença inflamatória pélvica nas mulheres.
3- HPV
O papilomavírus humano (HPV) é associado à infertilidade tanto em homens quanto em mulheres. Nos homens, pode comprometer a qualidade do sêmen e a motilidade dos espermatozoides, dificultando a fecundação.
Embora a relação com a infertilidade feminina ainda não esteja totalmente esclarecida, há evidências de que o HPV aumenta o risco de complicações durante a gravidez, como aborto, parto prematuro e infecção do trato genital. Além disso, certos tipos do vírus aumentam o risco de câncer cervical.
4- Herpes genital
O herpes genital, causado pelo vírus herpes simples (HSV), é uma IST com alta prevalência e características distintivas, incluindo lesões na pele e mucosas dos órgãos genitais.
Uma vez infectado, o vírus permanece no organismo e pode ser transmitido durante surtos ativos ou mesmo quando assintomático. Nas mulheres, a primeira infecção durante a gravidez pode aumentar o risco de transmissão para o bebê, enquanto nos homens, a inflamação do canal urinário, próstata e epidídimo pode afetar a qualidade do sêmen.
5- Sífilis
Causada pela bactéria Treponema pallidum, a sífilis é uma IST com múltiplos estágios de infecção. Se não tratada, pode resultar em infertilidade masculina e feminina.
Tanto em homens quanto em mulheres, a sífilis pode afetar a saúde reprodutiva, podendo obstruir ou danificar a tuba uterina nas mulheres e inflamar o canal urinário, próstata e epidídimo nos homens, comprometendo a fertilidade.
Como tratar a IST e infertilidade?
Os tratamentos para as ISTs variam consideravelmente com base nos sintomas apresentados, nos danos já causados, no histórico médico dos pacientes e em outros fatores. Isso significa que não existe um protocolo único para tratar as ISTs; em vez disso, cada infecção requer um ou mais tratamentos específicos.
Para determinar o melhor curso de ação para cada caso, é imprescindível procurar orientação médica, realizar exames diagnósticos apropriados e, somente então, iniciar o tratamento.
Algumas ISTs, como o herpes genital e o HIV, são crônicas e não têm cura. Nestes casos, o foco do tratamento é controlar os sintomas e reduzir o risco de transmissão.
Indivíduos que enfrentam problemas de infertilidade resultantes de ISTs podem buscar assistência na reprodução assistida. Dentro da medicina reprodutiva, existem técnicas especializadas capazes de abordar diversas causas de infertilidade, tanto em homens quanto em mulheres.
Para casos em que as ISTs causaram danos às tubas uterinas, o tratamento mais comum é a fertilização in vitro (FIV). Esse procedimento aumenta significativamente as chances de gravidez, pois envolve a fecundação do óvulo em laboratório, seguida pela transferência do embrião resultante para o útero. Isso é particularmente útil quando as tubas uterinas estão comprometidas e não funcionam adequadamente.
Atualmente, a técnica mais amplamente adotada em clínicas de reprodução assistida em todo o mundo é a FIV com ICSI (injeção intracitoplasmática de espermatozoides).
Nesse processo, cada espermatozoide é individualmente avaliado sob um microscópio de alta potência e depois injetado diretamente no citoplasma do óvulo usando um dispositivo altamente preciso chamado micromanipulador de gametas.
O que os especialistas têm a dizer?
A Dra. Pâmela Mesquita, especialista em Ginecologia e Obstetrícia do Instituto Verhum, comenta alguns aspectos sobre IST e infertilidade que merecem sua atenção reforçada. Confira o que ela disse:
“As ISTs são um problema de saúde pública. São infecções frequentemente assintomáticas e por isso podem aumentar o risco de transmissão. Importante lembrar que apesar de assintomática, essas infecções podem levar a complicações e sequelas permanentes.
Uma sequela importante das ISTs é a infertilidade . A infecção por alguns agentes podem levar a importantes alterações no trato genital, levando à dificuldade para engravidar.
Nas mulheres, algumas ISTs podem levar a doença inflamatória pélvica causando obstrução nas trompas e até mesmo infecção nos ovários, diminuindo assim a reserva ovariana.
Para além da infecção nas mulheres, é preciso lembrar que as ISTs podem acometer homens levando a infertilidade por obstrução no sistema reprodutor masculino e infecção no testículo levando à baixa produção de espermatozoides.
Por este motivo, as ists devem ser rastreadas para que sejam identificadas e adequadamente tratadas em momento oportuno.”
Onde procurar ajuda?
É fundamental consultar especialistas em saúde reprodutiva para avaliar, diagnosticar e determinar o tratamento mais adequado às ISTs. Cada caso é único e requer uma abordagem individualizada para maximizar as chances de sucesso na concepção.
Por isso, é de extrema importância procurar uma clínica que seja referência em Reprodução Assistida. Assim, o tratamento é realizado com as melhores tecnologias e pelos maiores especialistas na técnica.
Felizmente, você encontra tudo isso no Instituto Verhum!
Nós temos uma equipe completa de médicos ginecologistas, obstetras, psicólogos, nutricionistas e outros profissionais prontos para lhe acolher da melhor forma possível. Somos referência nacional em Reprodução Assistida e tratamentos ginecológicos.
Desde a sua fundação, o Instituto Verhum já registrou mais de 3.000 bebês nascidos através de técnicas como inseminação artificial e fertilização in vitro. Por isso, se você sonha em ter um filho, não deixe de entrar em contato conosco através do Whatsapp (61) 9660-4545 ou pelo telefone (61) 3365-4545.