O terceiro mês de 2024 chegou e com ele vem a campanha Março Amarelo, dedicada à conscientização sobre a endometriose. Esta condição, muitas vezes silenciosa e mal compreendida, afeta 1 a cada 10 brasileiras com os sintomas da doença, segundo o Ministério da Saúde.
Ao longo deste texto, exploraremos o que é a endometriose, suas causas e os fatores de risco associados a essa enfermidade complexa. Além disso, explicaremos a intrincada relação entre endometriose e infertilidade, buscando proporcionar uma compreensão mais profunda e empática dessa realidade que impacta a vida de tantas mulheres.
O que é a endometriose e quais são seus sintomas?
A endometriose é uma condição em que o tecido que normalmente reveste o interior do útero, chamado endométrio, cresce fora dele e pode afetar outros órgãos pélvicos, como ovários, trompas uterinas, bexiga e intestino.
Em casos mais raros, o endométrio pode se desenvolver além da região pélvica. Inclusive, o estágio mais avançado da doença é chamado de endometriose profunda.
Considerada uma doença complexa, a endometriose afeta cada pessoa de forma única, e suas causas ainda não são completamente compreendidas.
Apesar disso, existem sinais clássicos que podem indicar a presença da endometriose, tais como:
Cólicas menstruais intensas;
Dores profundas antes e durante o período menstrual;
Dor durante a relação sexual;
Dificuldade para engravidar;
Distúrbios urinários e intestinais durante a menstruação, o que também pode indicar a endometriose intestinal;
Fadiga e exaustão;
Dor na região pélvica.
Quais são as causas e os fatores de risco da endometriose?
As causas exatas da endometriose ainda não são completamente compreendidas pela comunidade médica. No entanto, várias teorias foram propostas para explicar seu surgimento, destacando-se os possíveis fatores de risco. A seguir, estão os mais amplamente aceitos pelos especialistas:
1- Hereditariedade
No caso da endometriose, ter parentes próximos, como mãe, irmã ou tia, que têm ou tiveram a doença aumenta o risco de uma mulher desenvolvê-la. Isso sugere que pode haver genes específicos que tornam uma pessoa mais suscetível à endometriose.
2- Malformações uterinas
As malformações uterinas são anormalidades na estrutura do útero que podem aumentar o risco de desenvolvimento da endometriose. Essas malformações, como útero septado (com uma divisão interna), útero unicorno (com apenas um lado do útero desenvolvido), útero bicorno (com dois lados separados) e útero didelfo (completamente dividido em dois), podem criar condições favoráveis para o acúmulo de tecido endometrial fora do útero.
3- Gestação tardia ou ausência de gestação
Mulheres que engravidam mais tarde na vida ou que nunca engravidam têm um risco aumentado de desenvolver endometriose. Durante a gravidez, os níveis de hormônios, como estrogênio e progesterona, mudam e podem afetar o crescimento do tecido endometrial fora do útero.
Além disso, mulheres que têm menos gestações ao longo de suas vidas ou optam por não ter filhos podem estar expostas a mais ciclos menstruais ao longo do tempo, o que pode contribuir para o desenvolvimento da endometriose.
4- Distúrbios do sistema imunológico
Problemas no sistema imunológico podem permitir que células endometriais implantadas em locais fora do útero não sejam eliminadas, contribuindo para o desenvolvimento da endometriose.
5- Menstruação retrógrada
Durante a menstruação, parte do sangue menstrual e tecido endometrial podem retroceder pelo útero e entrar na cavidade pélvica, onde se desenvolvem e causam endometriose.
6- Sedentarismo
Estudos sugerem que mulheres que são fisicamente inativas têm maior probabilidade de desenvolver endometriose em comparação com aquelas que se exercitam regularmente. A falta de exercício pode afetar negativamente vários aspectos da saúde, incluindo o sistema imunológico e os níveis hormonais, que podem influenciar o desenvolvimento da endometriose.
7- Anomalias menstruais
Alterações no ciclo menstrual, como menstruação prolongada por mais de oito dias e intervalos menstruais curtos de menos de vinte e sete dias, podem contribuir para a presença de fragmentos de endométrio em regiões pélvicas.
Qual é a relação entre endometriose e infertilidade?
É importante destacar que a endometriose não causa infertilidade em todas as mulheres. De fato, a identificação precoce da condição e o início de um tratamento adequado podem reduzir o risco de desenvolver infertilidade.
No entanto, a relação entre endometriose e fertilidade é estreita devido à capacidade da doença de afetar o sistema reprodutivo de várias maneiras. Por exemplo, pode comprometer a receptividade do endométrio para a implantação do embrião, prejudicando seu desenvolvimento. Além disso, pode levar à obstrução das trompas uterinas e causar outras condições que dificultam ou impedem a gravidez.
O debate sobre se endometriose tem cura ou não ainda ocorre dentro da comunidade médica, mas o fato é que é sim possível tratá-la para eliminar os sintomas e evitar complicações.
Com relação à infertilidade, a boa notícia é que avanços nas técnicas de reprodução assistida permitem tratar a endometriose para engravidar.
A fertilização in vitro (FIV) é o procedimento mais comumente utilizado para esse fim, oferecendo taxas de sucesso consideráveis e aumentando significativamente as chances de concepção para mulheres com endometriose.
No entanto, é crucial lembrar que cada caso é único, e encontrar um especialista ou uma clínica especializada que ofereça um tratamento personalizado e de alta qualidade é de extrema importância para garantir o acompanhamento ideal durante o processo de reprodução assistida.
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