Quem tem endometriose profunda pode engravidar?

  • 15/08
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A endometriose profunda é uma condição ginecológica complexa e muitas vezes dolorosa que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Caracterizada pela presença anormal do tecido endometrial fora do útero, essa condição pode acarretar diversos desafios para a saúde reprodutiva feminina.


Ao longo deste artigo, exploraremos o que é a endometriose profunda, como ela pode impactar a fertilidade, quais são as chances de engravidar quando a paciente é diagnosticada com essa condição, entre outras informações relevantes. Então, nos acompanhe até o final para descobrir tudo!


O que é a endometriose profunda?


A endometriose profunda é uma forma avançada e mais grave da endometriose, uma condição médica em que o tecido que reveste o útero, conhecido como endométrio, cresce fora do útero. Na endometriose profunda, esse tecido endometrial anormal se aprofunda e invade órgãos e estruturas próximas à cavidade pélvica.


Normalmente, durante o ciclo menstrual, o endométrio se espessa e é eliminado através da menstruação, caso não ocorra a gravidez. 


No entanto, quando uma mulher é diagnosticada com endometriose profunda, o tecido endometrial localizado fora do útero também passa por esse processo, mas como não há uma saída natural para o sangue menstrual, ele pode causar inflamação, dor e formação de tecido cicatricial (aderências) nas áreas afetadas.


As regiões mais comuns onde a endometriose profunda pode ser encontrada incluem os ovários, a região entre o útero e o reto, a parede do reto, a bexiga e os ligamentos que sustentam o útero. 


Essa condição pode ser extremamente dolorosa e pode levar a complicações como dificuldade para engravidar, infertilidade, dor durante as relações sexuais e problemas intestinais ou urinários.


Quais são os sintomas da endometriose profunda?


A endometriose profunda pode apresentar uma variedade de sintomas, que podem ser diferentes de mulher para mulher, assim como podem ser similares aos da endometriose convencional. Além disso, a gravidade pode variar consideravelmente entre as pacientes. 


Alguns dos mais comuns da endometriose profunda incluem:


  • Dor pélvica intensa: as mulheres podem experimentar dor pélvica crônica e intensa, que geralmente piora durante o período menstrual. Essa dor pode ser sentida na parte inferior do abdômen, nas costas ou no reto.


  • Dor ao urinar ou evacuar: a presença de tecido endometrial fora do útero, especialmente na área entre o útero e o reto, pode causar dor ao urinar ou evacuar durante o período menstrual.


  • Dor durante as relações sexuais (dispareunia): a penetração pode se tornar dolorosa para mulheres com endometriose profunda, o que pode afetar significativamente a intimidade e a qualidade de vida.


  • Problemas intestinais: em casos de endometriose profunda próxima ao intestino, além da dor ao evacuar, algumas mulheres podem experimentar constipação ou diarreia durante o período menstrual.


  • Sangramento anal e menstrual intenso: é possível ter sangramento anal e sangramento vaginal excessivo e prolongado durante a menstruação.


Como a endometriose profunda afeta a fertilidade?


Uma das principais consequências da endometriose profunda é a infertilidade feminina. Isso porque a condição está associada a diversas alterações que podem comprometer o sistema reprodutor e assim dificultar a gravidez. Descubra algumas das principais:


>> Aderências e distorção anatômica


O crescimento do tecido endometrial fora do útero pode levar à formação de aderências (tecido cicatricial) na pelve, causando a fixação de órgãos como os ovários, trompas de falópio e útero. 


Essas aderências podem distorcer a anatomia normal dos órgãos reprodutivos, dificultando a passagem do óvulo pela trompa de falópio até o útero, onde a fertilização normalmente ocorre.


>> Endometriomas ovarianos


Endometriomas ovarianos são cistos formados nos ovários, que sangram para dentro. Esses cistos podem prejudicar o funcionamento das glândulas e afetar a reserva ovariana, afetando a qualidade dos óvulos disponíveis para fertilização.


>> Inflamação e ambiente uterino desfavorável


O crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero pode causar inflamação crônica na pelve, o que pode criar um ambiente uterino desfavorável para a implantação do embrião. Isso pode dificultar a gravidez, mesmo quando a fertilização ocorre.


>> Disfunção ovariana


A condição pode afetar a função dos ovários, interferindo na liberação adequada de hormônios envolvidos no ciclo menstrual e na ovulação.


>> Alterações na função tubária


A presença de endometriose profunda nas trompas de falópio pode levar a alterações na função tubária, dificultando o encontro entre o óvulo e o espermatozóide.



É importante destacar que, embora a endometriose profunda possa diminuir as chances de gravidez natural, a infertilidade não é uma sentença definitiva. Muitas mulheres com o problema conseguem engravidar através de tratamentos adequados, como veremos a seguir.


Afinal, quem tem endometriose profunda pode engravidar?


Ainda não é possível dizer que a endometriose tem cura, tanto a superficial quanto a profunda. Isso ocorre devido à dificuldade em conhecer a origem do problema. 


Mesmo assim, existem tratamentos disponíveis para quem deseja reverter a infertilidade e realizar o sonho de engravidar. O método ideal depende do diagnóstico, avaliação, histórico e gravidade do problema - fatores que apenas o médico poderá definir.


A seguir, iremos apresentar alguns dos principais procedimentos realizados em quem tem endometriose profunda e deseja engravidar. Veja:


1- Videolaparoscopia


A videolaparoscopia, ou cirurgia laparoscópica, é uma opção comum para tratar a endometriose profunda. Nesse procedimento minimamente invasivo, um laparoscópio é inserido através de pequenas incisões no abdômen, permitindo que o médico visualize os órgãos pélvicos e remova o tecido endometrial, cistos ovarianos (endometriomas) e aderências. 


Desse modo, a remoção dessas lesões pode melhorar a anatomia pélvica e aumentar as chances de gravidez natural.


2- Fertilização in vitro (FIV)


A FIV é uma técnica de reprodução assistida amplamente utilizada para mulheres com endometriose profunda e dificuldades para engravidar. Neste procedimento, os óvulos são coletados da mulher e fertilizados em laboratório com o esperma do parceiro ou de um doador. 


Os embriões resultantes são então transferidos para o útero, contornando possíveis bloqueios nas trompas de falópio causados pela endometriose.


3- Útero de substituição


Em casos graves de endometriose profunda, quando o útero está gravemente comprometido, a opção do útero de substituição (barriga solidária) pode ser considerada. 


Nesse caso, o embrião formado pela FIV é transferido para o útero de outra mulher que irá carregar a gestação e dar à luz o bebê para os pais biológicos.


4- Cirurgia no aparelho digestivo


A endometriose profunda que afeta algum dos órgãos do sistema digestivo, pode causar obstruções e distúrbios prejudiciais à saúde como um todo. Por isso, em alguns casos, é necessário realizar uma cirurgia na região para remover os focos do problema e corrigir as complicações. 



Vale lembrar que as opções de tratamento mencionadas acima são algumas das abordagens disponíveis para mulheres que desejam engravidar, mas a decisão deve ser tomada em conjunto com a equipe médica especializada, que irá avaliar a situação individualmente e propor a melhor estratégia para cada mulher. 


Com acompanhamento médico adequado e tratamentos apropriados, muitas mulheres com endometriose profunda podem realizar o sonho da maternidade.


Você pode contar com o Instituto Verhum em todas as etapas do tratamento contra endometriose profunda! 


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